quarta-feira, 16 de março de 2011

Imagens

Assalto francês às posições alemãs em Champagne, França, 1917.

O cineasta inglês Stanley Kubrick registrou a vida nas
Trincheiras da 1ª Guerra Mundial em seu filme
"Glória Feita de Sangue" (Paths of Glory) de 1957,
estrelado por Kirk Douglas.
Tropas austríacas executando prisioneiros sérvios.
A vida nas trincheiras era marcada por privações como
a escassez de recursos (alimentos, roupas, munição) e
pela falta de higiene que ocasionava o surgimento de ratos
e insetos e as conseqüentes doenças e ferimentos
Soldados brasileiros combatendo em trincheira, no 'front' italiano.

Fim da Guerra


1918: Ano Final 
Os primeiros meses de 1918 não foram favoráveis às potências aliadas. Em 3 de março a Rússia assinou o Tratado de Brest-Litovsk, com a qual punha oficialmente um fim à guerra entre esta nação e os impérios centrais. Em 7 de maio a Romênia assinou o Tratado de Bucarest com a Áustria-Hungria e a Alemanha, às quais cedia diversos territórios. 

No entanto, a luta nos Balcãs, no ano de 1918, foi catastrófica para os impérios centrais. Uma força de cerca de 700.000 soldados aliados iniciou uma grande ofensiva contra as tropas alemãs, austríacas e búlgaras na Sérvia. E os búlgaros, totalmente derrotados, assinaram um armistício com os aliados. Além disso, estes obteriam a vitória definitiva na frente italiana entre outubro e novembro. A comoção da derrota provocou rebeliões revolucionárias no Império Austro-Húngaro que se viu obrigado a assinar um armistício com os aliados em 3 de novembro. Carlos I abdicou oito dias depois e a 12 de novembro foi proclamada a República da Áustria. 

Os aliados também puseram fim à guerra na frente turca de forma que lhes foi satisfatória. As forças britânicas tomaram o Líbano e a Síria, ocupando Damasco, Alepo e outros pontos estratégicos. A Marinha francesa, por sua vez, ocupou Beirute e o governo otomano solicitou um armistício. As tropas de elite nas colônias alemães da África e do oceano Pacífico, com exceção das que se encontravam na África oriental no fim de 1917 e durante 1918, lutaram na defensiva a maior parte do tempo. Praticamente todas se haviam rendido aos aliados no término da guerra (1918). 

Em princípios de 1918, os alemães decidiram chegar a Paris. Lançaram uma ofensiva, mas, apesar do avanço conseguido, na segunda batalha do Marne o avanço foi detido pelas tropas francesas e americanas. Os britânicos ganharam terreno ao norte da França e ao longo da costa belga, e as tropas francesas e americanas chegaram ao Sudão em 10 de novembro. A linha Hindenburgo já estava completamente destroçada. Em conseqüência da derrota do exército alemão, a frota alemã amotinou-se, o rei da Baviera foi destronado e o imperador Guilherme II abdicou em novembro, fugindo para os Países Baixos. No dia 9 deste mesmo mês foi proclamada, na Alemanha, a República de Weimar, cujo governo enviou uma comissão para negociar com os aliados. Em 11 de novembro foi assinado o armistício entre a Alemanha e os aliados, baseado em condições impostas pelos vencedores. 

O Tratado de Versalhes (1919), que pôs fim à guerra, estipulava que todos os navios aprisionados passassem a ser de propriedade dos aliados. Em represália a tais condições, em 21 de junho de 1919, os alemães afundaram seus próprios navios em Scapa Flow. As potências vencedoras permitiram que deixassem de ser cumpridos certos itens estabelecidos nos tratados de paz de Versalhes, Saint-Germain-en-Laye, Trianon, Neuilly-sur-le-Seine e Sèvres, o que provocaria o ressurgimento do militarismo e de um agressivo nacionalismo na Alemanha, além de agitações sociais que se sucederiam em grande parte da Europa.









Armas da Primeira Guerra Mundial

         Durante a Primeira Guerra Mundial, os combates a curta distância nas                                       trincheiras, levaram à necessidade de armas fácilmente manejáveis em                  espaçõs restritos. Para essa função os alemães utilizaram as versões Carabinas das suas pistolas Mauser C96 e Parabellum, que consistiam essencialmente no acrescentamento de uma coronha às armas, permitindo-lhes um tiro mais preciso.
As principais armas utilizadaa pela infantaria inglesa foi um rifle capaz de realizar 15 disparos por minuto e atingir um alvo a 1.400 m; metralhadoras 4/6 que requeria superfície plana e 12 homens para ser manejada. Elas tinham, entretanto, o poder de fogo de 100 armas.

Zeppelin – Um dirigível desenvolvido pelo Alto Comando Alemão como a arma definitiva, foi usado em bombardeios pelos alemães. Eles transportavam metralhadoras e bombas. No entanto, elas foram abandonadas porque eram fáceis de ser alvejados.
Tanque
Os tanques foram utilizados pela primeira vez na Primeira Guerra Mundial, na batalha do Somme. Eles foram desenvolvidos para lidar com as condições sobre a Frente Ocidental. O primeiro tanque foi chamado "Little Willie" e necessitava de uma tripulação de 3. Sua velocidade máxima foi de 3 mph e não era capaz de atravessar trincheiras.

The more modern tank was not developed until just before the end of the war. Tanques mais modernos, capazes de abrigar um tripulação de 10 homens e dotados de uma torre giratória que poderia chegar a 4 mph só foram desenvolvidos um pouco antes do fim da guerra. 
Aviões também foram utilizados pela primeira vez. A princípio para despejar bombas e realizar missões de espionagem, mas se tornaram ferozes armas munidas de metralhadoras, bombas e algumas vezes canhões. Combates entre dois aviões no céu ficaram conhecidos como 'dogfights' (briga de cachorros)

Alemães utilizaram torpedos nos submarinos para bombardear navios que transportavam provisões provenientes dos Estados Unidos da América para a Grã-Bretanha.

Os alemães torpedearam o navio de passageiros Lusitânia em 1º de maio de 1915, que afundou com uma perda de 1.195 vidas, o que motivou a entrada dos americanos à guerra em 1917 ao lado dos aliados. 

As armas químicas foram usadas em larga escala. O cientista alemão Fritz Harber, ganhador do Prêmio Nobel de Química por suas pesquisas sobre a síntese da amônia, propôs, em 1915, o uso de gás cloro contra os inimigos. Sua idéia foi posta em prática na Batalha de Ypres, na Bélgica. Ainda na Primeira Guerra Mundial, o gás mostarda foi usado pelos alemães contra os inimigos e os ingleses e franceses utilizaram gases do sangue. Estima-se que nessa guerra houve mais de 100 mil mortos vítimas de armas químicas.

Após a Primeira Guerra Mundial, em 1925, o Protocolo de Genebra procurou limitar o uso de armas químicas, mas elas continuaram a ser utilizadas em vários conflitos do século XX. Na Segunda Guerra Mundial, por exemplo, os nazistas usaram o Zyklon B e o gás cianídrico no extermínio de judeus.

Em 1972, a Convenção de Armas Biológicas e Químicas proibiu a produção e estocagem de armas químicas e biológicas no mundo, mas, desde então, houve casos de desrespeito a essa lei, como durante a invasão do Afeganistão pela ex-URSS, na luta dos iraquianos contra os curdos e na Guerra do Golfo.

Agente laranja
Desfolhante usado na Guerra do Vietnã pelas tropas norte-americanas e sul-vietnamitas. Calcula-se que tenham sido lançados 45,6 milhões de litros do produto durante os anos 60, cobrindo dez por cento do território do Vietnã.
Categoria: Desfolhante
O que causa: Derruba as folhas das árvores, impedindo que os soldados se escondam na mata. Causa sérios danos ao meio ambiente.

Gás cloro (Cl2)
Em 1915, durante a Primeira Guerra Mundial, o cientista alemão Fritz Haber teve a idéia de usar gás cloro para obrigar as tropas inimigas a sair das trincheiras e aceitar o combate a céu aberto. Os alemães lançaram gás cloro no front perto da cidade belga de Ypres. Foi uma devastação — 5 mil soldados franceses desprevenidos foram mortos e outros 10 mil ficaram feridos.
Categoria: Asfixiante
O que causa: O cloro pertence ao grupo dos gases sufocantes, que irritam e ressecam as vias respiratórias. Para aliviar a irritação, o organismo segrega líquido nos pulmões, provocando um edema. A vítima morre literalmente afogada.
Tratamento: Inalação de oxigênio úmido e intubação traqueal ou traqueostomia em pacientes com obstrução das vias aéreas ou hipoxemia grave.

Gás cianídrico (HCN)
O ácido cianídrico é um gás incolor que mata imediatamente se inalado numa concentração superior a 300 mg/m³ de ar. Durante a Segunda Guerra Mundial, foi utilizado pelos nazistas para o extermínio de judeus em câmaras de gás.
Uma curiosidade: o cianeto de potássio, quando ingerido, reage com a acidez do estômago e gera gás cianídrico. Por isso, foi utilizado na Segunda Guerra Mundial como uma alternativa de suicídio rápido em situações de emergência. O líder nazista Goering, por exemplo, suicidou-se engolindo uma dessas.

O Brasil na Primeira Guerra Mundial

A participação do Brasil na Primeira Guerra só aconteceu três anos depois de seu início, mais precisamente em outubro de 1917 quando declarou guerra à Alemanha por torpedear o vapor Paraná, o navio Tijuca e o cargueiro Macau. Sua participação foi somente fornecer médicos, aviadores para a Europa, alimentos e matérias-primas para a Tríplice Entente (Inglaterra, França e Rússia).
A marinha brasileira também foi participante da guerra, policiavam o oceano Atlântico e neste policiamento foram contagiados pela gripe espanhola fazendo com que 176 marinheiros viessem a falecer. As mortes brasileiras durante a Primeira Guerra mundial se resumem a estes tripulantes que foram vítimas desse vírus.
Ao final da guerra, o Brasil participou da Conferência de Paz que resultou no Tratado de Versalhes em 1919 onde o país conseguiu ficar com os navios alemães aprisionados e ainda conseguiram a liberação dos depósitos bancários, feitos em 1914 com a venda de café, que estavam retidos na Alemanha.

A Guerra Das Trincheiras


1914-1915: A Guerra de Trincheiras 

Em uma das campanhas mais custosas e trágicas da I Guerra Mundial, as forças britânicas, francesas, australianas e neozelandesas desembarcaram em Gallípoli, a 25 de abril de 1915, para tentar invadir a Turquia e capturar o estreito de Dardanelos. A ineficácia do comando aliado e a resistência dos turcos, comandados por Mustafá Kemal (o futuro presidente da Turquia, Kemal Atatürk), provocou um cruel confronto. As baixas de ambos os lados atingiram mais de 50% das tropas destacadas. As divisões Anzac se viram especialmente danificadas e esta campanha passou a simbolizar, na Nova Zelândia, a arrogância, crueldade e inaptidão britânicas. Os aliados se retiraram finalmente durante os meses de dezembro de 1915 e janeiro de 1916. 

As operações militares na Europa se desenvolveram em três frentes: a ocidental ou franco-belga, a oriental ou russa e a meridional ou sérvia. Posteriormente, surgiriam novas zonas de combate com a intervenção do império otomano, da Itália e da Bulgária. 

Na frente ocidental, o plano inicial da estratégia alemã era derrotar rapidamente a França, no oeste, com uma ‘guerra relâmpago’, enquanto uma pequena parte do exército alemão e todas as forças austro-húngaras conteriam, a leste, a invasão russa. No outono de 1914 a queda da capital francesa parecia tão iminente que o governo francês se transferiu para Bordeaux. Porém os franceses, comandados pelo general Joseph Joffre, cercaram Paris e atacaram o exército alemão. Na primeira batalha do Marne (de 6 a 9 de setembro), os franceses conseguiram deter o exército alemão. No entanto, no fim de 1914, os adversários ainda estavam entrincheirados, cada um em suas linhas de frente que se estendiam da Suíça ao Mar do Norte. No decurso de três anos poucas modificações ocorreram nestas linhas, o que faria da luta uma guerra de trincheiras ou de ‘exaustão’. 

Os russos assumiram a ofensiva, na frente oriental, no início da guerra, mas foram detidos pelos exércitos austro-alemães. Em 1915 estes haviam conseguido expulsar os russos da Polônia e da Lituânia e tinham tomado todas as fortalezas limítrofes da Rússia que ficou sem condições de empreender ações importantes por falta de homens e de suprimentos. 

Os austríacos invadiram a Sérvia três vezes ao longo de 1914, sendo rechaçados em todas. Quando a Bulgária declarou guerra à Sérvia em 14 de outubro de 1915, as forças aliadas entraram pela Sérvia. Os búlgaros derrotaram o exército sérvio e também o britânico e o francês que vieram de Salonica. No fim de 1915, os impérios centrais haviam ocupado toda a Sérvia. 

O império otomano entrou na guerra em 29 de outubro de 1914. Os turcos iniciaram a invasão da zona russa da cordilheira do Cáucaso em dezembro. O governo russo pediu aos britânicos que fizessem uma manobra destinada a distrair sua atenção no Estreito de Dardanelos. Porém a Campanha de Gallípoli resultou em fracasso total para as tropas aliadas.

 
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